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Brasília,27/07/2025

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Lula busca diálogo com Trump sobre taxação e defesa de Bolsonaro

Especialista ouvido pela RFI diz que sociedade e setor produtivo pagam a conta da confusão que Donald Trump faz de ideologia política e economia.

Fonte: Newsrondonia
Lula busca diálogo com Trump sobre taxação e defesa de Bolsonaro Lula busca diálogo com Trump sobre taxação e defesa de Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (25) que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi induzido a crer em uma “mentira” sobre a suposta perseguição a Jair Bolsonaro no Brasil. Lula reforçou que a questão de Bolsonaro é um assunto da Justiça brasileira, não uma perseguição política.

Bolsonaro: uma questão de justiça

Lula enfatizou que Bolsonaro “não está sendo perseguido”, mas sim “julgado com todo o direito de defesa”. Ele relembrou as tentativas de golpe de Estado, que incluíam planos para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Essas acusações, segundo Lula, já foram comprovadas por delações.

Convite ao diálogo sobre taxação

O presidente brasileiro se mostrou aberto para negociar a taxação de 50% que os EUA pretendem impor às exportações brasileiras a partir de 1º de agosto. Lula afirmou que, se Trump tivesse entrado em contato, ele teria explicado a real situação do ex-presidente brasileiro.

Ele criticou a atitude do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro, que se licenciou para viajar aos EUA em busca de intervenção no Brasil, classificando o ato como “total falta de patriotismo”. Lula pediu aos deputados presentes na cerimônia em Osasco (SP) que tomassem uma atitude sobre o caso.

A carta de Trump e a resposta brasileira

Em 9 de julho, Trump enviou uma carta a Lula anunciando a tarifa e justificando-a com base no caso de Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, pedindo sua anistia. Em resposta, Lula acionou o vice-presidente Alckmin, também ministro da Indústria, Comércio e Serviço, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para buscar uma solução diplomática. O governo também estabeleceu um comitê para discutir as taxações com o setor produtivo nacional.

Abertura para negociação e respeito

Lula reforçou seu convite: “Trump, o dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir, para tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram”. Ele designou Alckmin como seu principal negociador, elogiando sua capacidade de diálogo.

O presidente dos EUA também alegou “ataques contínuos do Brasil às atividades comerciais digitais de empresas americanas” e suposta “censura” contra plataformas de redes sociais, ameaçando-as com multas e expulsão do mercado.

Regulação das big techs e balança comercial

Lula reafirmou a necessidade de regulamentar as grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, para que respeitem a legislação brasileira. Ele defendeu a medida como forma de combater o ódio, as mentiras e a destruição da democracia.

Sobre a queixa de Trump em relação ao prejuízo na balança comercial, Lula desmentiu, apontando que os EUA tiveram um superávit de US$ 410 bilhões em 15 anos com o Brasil, considerando serviços e comércio. O governo brasileiro estuda responder à tarifa com a Lei de Reciprocidade Econômica, mas prioriza o diálogo.

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