Polícia investiga crime ambiental após mortandade de peixes em córrego de Goiás
Foi identificado o despejo irregular de substância líquida (soro) em curso d’água.

A Polícia Civil de Goiás está investigando um possível crime ambiental na zona rural de Palminópolis, região do Saltador, após a morte de peixes em um córrego localizado às margens da Rodovia GO-162.
A ocorrência foi comunicada à Delegacia local pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que relatou o despejo irregular de uma substância líquida (identificada como soro) no curso d’água, causando possível contaminação e danos à fauna aquática.
Assim que recebeu o ofício, nesta terça-feira (22), a equipe da Delegacia de Palminópolis, com apoio da Polícia Técnico-Científica, esteve no local para iniciar as diligências.
Foram feitos registros fotográficos e videográficos, além da coleta de informações técnicas que servirão de base para a investigação criminal. A Polícia Civil também requisitou uma perícia ambiental, com o objetivo de apurar a materialidade do crime e identificar os responsáveis pelo descarte ilegal.
Em nota, a corporação destacou que o procedimento segue em andamento e que, assim que concluídas as análises periciais e reunidas as provas necessárias, os responsáveis serão responsabilizados administrativa e criminalmente, conforme prevê a legislação ambiental brasileira.

Semad apura crime ambiental em Palminópolis
Paralelamente, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) também investiga o caso. Na quinta-feira (24), técnicos da pasta estiveram no local para coleta de dados com sonda multiparamétrica e amostras de água para exames laboratoriais. O objetivo é aprofundar a análise das causas da mortandade de peixes e identificar o nível de comprometimento do córrego.
De acordo com a Semad, os primeiros dados indicam uma queda acentuada nos níveis de oxigênio dissolvido na água entre dois pontos analisados. À montante do local do possível despejo, o índice foi de 6,3 mg/L. Já à jusante, após o ponto de lançamento, o nível caiu para 1,7 mg/L, valor abaixo do mínimo recomendado de 5 mg/L pela resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), necessário para garantir a sobrevivência da fauna aquática.
As amostras coletadas foram encaminhadas para o laboratório da Semad, e os laudos serão enviados à Prefeitura de Palminópolis, que deverá tomar as medidas administrativas e aplicar as sanções previstas em lei.

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